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New Way Of Treating The Flu

What happens if the next big influenza mutation proves resistant to the available anti-viral drugs? This question is presenting itself right now to scientists and health officials this week at the World Health Assembly in Geneva, Switzerland[...]

Stem Cells and Enzymes

Driving Miranda, a protein in fruit flies crucial to switch a stem cell's fate, is not as complex as biologists thought, according to University of Oregon biochemists. They've found that one enzyme (aPKC) stands alone and acts as a traffic cop that directs which roads daughter cells will take.[...]
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Células-tronco, embriões e a constituição

Posted by Lucas Rodrigo Gonçalves quarta-feira, 4 de junho de 2008

Como é que as células-tronco (CTs) embrionárias foram parar no Supremo Tribunal Federal, junto com traficantes, mensaleiros e sangues-sugas? Não eram elas a grande promessa terapêutica do século 21? Sim! Porém, seu uso envolve a destruição de um embrião humano, criando a possibilidade de violar o artigo 5o de nossa constituição, que garante "aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida". As embrionárias são o tipo mais versátil de CTs até hoje identificadas em mamíferos, com a capacidade de dar origem a todos os tecidos do corpo. Desde a década de 80 se fazem pesquisas com as CTs embrionárias de camundongos, e hoje sabemos como transformá-las em células cardíacas, em neurônios, entre outras, que quando transplantadas em animais doentes são capazes de aliviar os sintomas de diversas doenças, de Parkinson a paralisia causada por trauma da medula espinhal. A partir de 1998, com o estabelecimento das primeiras CTs embrionárias humanas, as pesquisas se voltaram à geração de tecidos para o tratamento daquelas doenças em seres humanos. Porém, como essas pesquisas exigem a destruição de um embrião de 5 dias – um conglomerado de aproximadamente 100 células –, uma nova polêmica surgiu no mundo todo: esse embrião é uma vida humana ou não? Ora, é claro que ele é uma forma de vida, assim como um feto, um recém-nascido e um idoso também são. A real questão é "que formas de vida humana nós permitiremos perturbar?". A "vida" mencionada na nossa Constituição já é legalmente violada em algumas situações: por exemplo, no Brasil reconhecemos como morta uma pessoa com morte cerebral, apesar de seu coração ainda bater. Essa é uma decisão arbitrária e pragmática, que nos facilita o transplante de órgãos. E no outro extremo da vida humana, durante o desenvolvimento embrionário? Ao proibirmos o aborto estabelecemos ser inaceitável a destruição de um feto. Por outro lado, se esse feto for o resultado de um estupro ou representar risco de vida para a gestante, no Brasil ele passa a ser uma forma de vida humana que pode ser eliminada. Porém, no que diz respeito às CTs embrionárias, o embrião em questão é muito mais jovem, ainda não tem forma e está numa proveta, e não implantado no útero. Notem que, ao aceitarmos as técnicas de fertilização in vitro (os "bebês de proveta"), aceitamos a criação desses embriões, que muitas vezes sobram, não são utilizados pelo casal e ficam esquecidos em congeladores. Foi muito conveniente ignorar esses embriões excedentes, pois afinal essa técnica permite que milhares de casais realizem o sonho de ter filhos. Já o uso desses embriões para tratar um enfarte ou ajudar um paralítico a recuperar os movimentos ainda está restrito a animais de laboratório. Talvez no dia em que as CTs embrionárias estiverem efetivamente sendo utilizadas em pacientes seja mais difícil argumentar contra o uso terapêutico daqueles embriões congelados. Mas esse dia só chegará se pudermos fazer pesquisa. No Brasil a polêmica do uso do embrião humano foi resolvida na Lei de Biossegurança de 2005, que permite a utilização para pesquisa de embriões inviáveis ou que estejam congelados há pelo menos 3 anos – tempo para o casal refletir bastante antes de decidir doar aqueles embriões para pesquisa. É uma solução ponderada, que permite o desenvolvimento das pesquisas com CTs embrionárias no país. A não ser que o STF entenda que essa lei é inconstitucional e a revogue, interrompendo essas pesquisas aqui. Em conclusão, o STF não deverá julgar se as CTs embrionárias são piores ou melhores do que as adultas – essa dicotomia não se aplica, pois precisamos pesquisar todos os tipos de CTs – nem se aquele embrião é vida ou não. Ele é uma forma de vida humana, mas provavelmente não um brasileiro ou estrangeiro residente no país aos quais a Constituição garante "inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Nosso desafio é desenvolver as pesquisas com embriões humanos de forma ética e transparente, e, se por um lado não considero aquele embrião de 5 dias equivalente a uma pessoa nem a um feto, também não o considero somente um conglomerado trivial de células. Precisamos de legislação e vigilância, como as que evitam o comércio de sangue ou órgãos e ao mesmo tempo permitem que milhões de vidas sejam salvas com transplantes. Com a Lei de Biossegurança, o Brasil tem a oportunidade de ter uma vantagem competitiva na promissora área de estudos com CTs embrionárias. Depois de tantos anos de investimento em pesquisa, temos os cérebros, temos a infra-estrutura, mas precisamos da lei.

Lygia da Veiga Pereira é professora livre-docente e chefe do Laboratório de Genética Molecular do Instituto de Biociências da USP e autora dos livros Clonagem: da ovelha Dolly às células-tronco e Seqüenciaram o genoma humano... E agora? (Editora Moderna).

Seqüênciamentos mais rápidos contra armas e surtos biológicos

Posted by Lucas Rodrigo Gonçalves quinta-feira, 24 de abril de 2008


Na manifestação ou de um surto bacteriológico e/ou viral, ou de um ataque bioterrorista, a identificação rápida da virulência e de fatores que levam um microorganismo a resistir às drogas é essencial para gerar uma resposta eficiente. O seqüênciamento de DNA e a análise de uma bactéria patogênica são processos que demandam horas e se tornam impraticáveis durante uma emergência. Os pesquisadores desenvolveram uma estratégia genômica comparativa, reduzindo drasticamente o tempo na identificação das propriedades genéticas de um potencial surto. Esse trabalho, publicado pela Revista Genome Research, teve como foco a nova tecnologia de seqüenciamento de DNA, desenvolvida por franceses da Universidade do Mediterrâneo.Novas tecnologias de seqüênciamento estão agora disponíveis, permitindo que um genoma bacteriano inteiro seja seqüenciado em poucas horas, mas as etapas de “acabamento”, isto é, as etapas posteriores ao seqüênciamento necessárias para a análise do DNA ou RNA decodificados, são ainda exigidas para determinar a seqüência completa do genoma. O seqüênciamento de DNA do tipo Sanger, uma tecnologia usada para seqüenciar genomas de muitas espécies, inclusive o genoma de humanos e o de centenas de bactérias, está sendo usada para sequënciar e analisar novos patógenos humanos e reduzir esse tempo de “acabamento”. Neste estudo, os pesquisadores, conduzidos por Bernard La Scola e Didier Raoult, ambos da Universidade do Mediterrâneo, França, se propuseram a sequënciar, de forma rápida, um genoma incompleto, através de análises comparativas. Deste modo, avaliaram se os seus resultados dariam resposta à caracterização ou de um surto bacteriológico e/ou viral, ou de um ataque bioterrorista. Segundo La Scola, no contexto de uma manifestação de um surto, uma avaliação rápida pode ajudar a identificar imediatamente os determinantes genéticos responsáveis pela virulência e pela transmissão. O objetivo do trabalho dessa equipe foi avaliar a tecnologia de seqüênciamento automatizada, recentemente disponível.A bactéria Franciella tularensis, responsável pela tularemia, conhecida pelo seu enorme poder infeccioso, preocupa pesquisadores e dirigentes mundiais, visto que pode ser manipulada para fins terroristas. La Scola e sua equipe seqüenciaram uma estirpe de um paciente com tularemia, usando o seqüenciador Roche/454 Life Sciences GS20, e compararam essas seqüências com diversas outras estirpes de F. tularensis, incluindo uma com patogenicidade reduzida e outra resistente a antibióticos.Os pesquisadores demonstraram que essa nova abordagem de seqüênciamento de um genoma bacteriano, sem levar em consideração os processos de “acabamento”, poderia ser usada para identificar eficazmente diversas características originais de estirpes de F. tularensis em questão de semanas. Para La Scola, se existe um número de bioinformáticos trabalhando na análise, o tempo entre a extração do DNA e a análise completa do genoma poderá ser de aproximadamente seis semanas. A equipe demonstrou que essa estratégia é eficiente para detectar polimorfismos genéticos, tais como modificações responsáveis pela resistência antibiótica e a perda de material genético. Com isso, a equipe de La Scola pôde distinguir mais de 80 diferentes estirpes de F. tularensis.Quanto maiores forem os investimentos empregados em seqüênciamento genômico e no desenvolvimento de tecnologias que auxiliem em casos estratégicos de análise genômica comparativa, menor será o tempo de trabalho exigido. Para La Scola, a evolução de softwares para a análise de dados em seqüência e para a comparação de genomas tem sido cada vez mais rápida e certamente poderá acelerar ainda mais os processos de identificação de muitos organismos, dando respostas imediatas em situações de risco.
Fonte: Biotec - AHG

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