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Possível pandemia do vírus influenza A

Posted by Lucas Rodrigo Gonçalves sábado, 9 de maio de 2009

No ano de 2005 a humanidade foi acometida por um surto de influenza aviária (gripe aviária ou gripe do frango) que infectou pessoas no Vietnã, na Tailândia, na Indonésia e no Camboja e aves no Laos, na China, na Turquia, na Inglaterra, na Alemanha (gansos e patos), na Grécia e, mais recentemente, o vírus foi identificado em aves migratórias do Canadá. Essa pandemia causou alguns prejuízos à economia mundial, principalmente no Brasil, grande exportador de frango no cenário mundial, além de diversos casos da doença em humanos.

Agora, novamente o mundo se depara com uma nova ameaça, a gripe suína, que teve início no México devido a um surto de gripe em suínos e que causou a infecção de algumas pessoas pelo Influenza suíno, levando ao desenvolvimento de quadros respiratórios infecciosos. Um detalhe que está chamando a atenção das autoridades governamentais é que a doença vem apresentando características pouco comuns, tais como a gravidade dos sintomas, que tem causado alguns óbitos e o fato dos pacientes acometidos serem na sua maioria pessoas jovens. Outra preocupação é que algumas pessoas que foram infectadas não tiveram contato com animais doentes, o que leva a crer que o possa haver transmissão de humano para humano, o que não é normal na gripe suína.


O vírus Influenza

Esse vírus, causador da gripe comum, pertence à família Ortomixoviridae que é composta de 4 gêneros: Influenza vírus A, B, C e Thogotovirus. Os tipos A e B causam um largo espectro de doenças, incluindo as do trato respiratória inferior, como a pneumonia, podendo no caso dos vírus influenza tipo A, causar encefalopatia e encefalite. Já as doenças causadas pelo tipo C, são limitadas ao trato respiratório superior e em geral, seus sintomas são subclínicos, ou seja, não aparentes. Os thogotovirus são ortomixovirus transmitidos por carrapatos. As doenças respiratórias causadas pelo vírus Influenza afetam aves e uma grande variedade de mamíferos, entre eles o ser humano, sendo, geralmente, espécie-específicos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) em alguns dos casos registrados, foram encontradas formas não conhecidas da variedade H1N1 do Influenza tipo A, que é geneticamente diferente do H1N1, que vem infectando humanos nos últimos anos. O patógeno possui DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas. Esse vírus possui quatro segmentos genômicos (RNA) de vírus influenza, o vírus suíno norte-americano, com cerca de pelo menos 80% do genoma, o vírus aviário norte-americano, o vírus humano norte-americano e o vírus suíno da Eurásia (Tailândia).


A gripe suína

Por serem muito susceptíveis à infecção, tanto pelo vírus influenza do tipo A, originário das aves, quanto o de origem humana, os suínos são considerados hospedeiros importantes para o vírus Influenza. A Influenza suína é uma doença aguda que atinge o sistema respiratório de suínos, causada pelo subtipo A. Ela se caracteriza por aparecer de forma inesperada causando morbidade (quantidade de animais infectados) total de animais. Fatores ligados ao manejo, ao estresse, ambientais e climáticos, aumentam as chances de disseminação do vírus.

Nos suínos, a doença é considerada endêmica e os animais são considerados portadores dos subtipos A/H1N1, A/H1N2 e A/H3N2, sendo normalmente, assintomáticos. Porém, já foram encontrados subtipos de vírus originados de aves (H1N1) e de humanos (H3N2). Segundo o comentário do pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Paulo Augusto Esteves, no portal da Embrapa, o vírus é influenza tipo A da gripe suína é uma amostra nova, da qual não se conhece a origem e que ainda não se sabe se veio ou não de suínos . Ele esclareceu também que não há problemas em consumir a carne de suínos, mas que se deve continuar tomando os devidos cuidados no preparo das carnes.


Medidas de controle e prevenção

Para tentar prevenir a disseminação do vírus e uma possível pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS), juntamente com o Centro de Controle de Doenças dos EUA e outros órgãos internacionais, emitiram um alerta geral a todos os países informando a necessidade de medidas preventivas. No Brasil, o Ministério da Saúde iniciou o Plano de Contingência e Controle da Doença, principalmente, em portos e aeroportos nacionais, com o objetivo de detectar de forma antecipada a presença de possíveis casos. Os alvos principais dessas ações são os vôos provenientes do México. O monitoramento para a possível detecção de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas, também está sendo realizado pelas Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil, a partir da Rede de Vigilância de Influenza e de laboratórios de 21 estados das cinco regiões brasileiras (18 laboratórios estaduais, dois laboratórios de referência regional e um laboratório de referência nacional).
Fonte: Biotec - AHG

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